Bauhinia splendens é uma planta nativa,
encontrada em abundância na Mata Atlântica de diversas regiões do Brasil, sendo
conhecida como “cipó unha de boi, escada de macaco ou escada de jabuti”, devido
a é peculiaridade de sua casca, muito similar a uma escada. É amplamente
empregada na medicina popular para combater diversas patologias, principalmente
aquelas associadas a processos infecciosos e dolorosos.
Cipó de Macaco |
Foi
verificado em nosso laboratório que tanto as folhas como o caule desta planta
possuem princípios ativos que atuam como analgésicos em modelos experimentais
com camundongos. O mecanismo de ação analgésica de extrato hidroalcoólico dos
caules não parece envolver os receptores opióides. Também foi avaliado o perfil
antibacteriano de alguns extratos e frações obtidas desta planta, cujos
resultados indicaram a eficácia dos extratos mais polares contra distintas
bactérias patogênicas, como Staphylococus
aureus e Salmonella typhimurium.
A
análise fotoquímica preliminar indicou a presença dos flavonoides rutina e
quercetina, dois compostos conhecidos que apresentam importantes efeitos farmacológicos além de um mistura
complexa de taninos.
Wedelia paludosa D.C. (Compositae)
Planta
ornamental usada em jardins e em residências, é conhecida popularmente pelos nomes
de pseudo arnica, margaridão, vedélia, pingo de ouro, etc. Muitas vezes é usada
como remédio para curar várias moléstias, como problemas respiratórios,
inflamações e dores. Os estudos desenvolvidos em nossos laboratórios com esta
planta indicaram que a mesma produz vários compostos de interesse medicinal. Os
extratos brutos desta planta apresentam ações antibacterianas, analgésicas,
antiespasmódica, anti-inflamatória e
hipoglicemiantes. Os princípios ativos
foram identificados como sendo a luteolina, o ácido caurenóico e uma nova
lactona denominada paludolactona. Um estudo comparativo envolvendo as diferente
partes da planta (flores, caules, folhas e raízes) demonstrou que apenas o
extrato das flores não foi efeitivo no combate a dor produzida pelo ácido
acético em camundongos. A análise fitoquímica indicou que as raízes apresentam a
maior concentração de terpenóides, enquanto as flores produzem diferentes flavonoides
que não são encontrados nas outras partes. Um destes flovonóides foi
identificado cmo a chalcona coreopsina.
Margaridão |
Bibliografia:
Revista Química Nova, 23 (5) (2000) – Estudos desenvolvidos na NIQFAR/UNIVALI –
Valdir Cechinel Filho
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