domingo, 5 de julho de 2015

Buhinia splendens HBK (leguminosa) e Wedelia paludosa D.C. (Compositae)

Bauhinia splendens é uma planta nativa, encontrada em abundância na Mata Atlântica de diversas regiões do Brasil, sendo conhecida como “cipó unha de boi, escada de macaco ou escada de jabuti”, devido a é peculiaridade de sua casca, muito similar a uma escada. É amplamente empregada na medicina popular para combater diversas patologias, principalmente aquelas associadas a processos infecciosos e dolorosos.
Cipó de Macaco
Foi verificado em nosso laboratório que tanto as folhas como o caule desta planta possuem princípios ativos que atuam como analgésicos em modelos experimentais com camundongos. O mecanismo de ação analgésica de extrato hidroalcoólico dos caules não parece envolver os receptores opióides. Também foi avaliado o perfil antibacteriano de alguns extratos e frações obtidas desta planta, cujos resultados indicaram a eficácia dos extratos mais polares contra distintas bactérias patogênicas, como Staphylococus aureus e Salmonella typhimurium.
A análise fotoquímica preliminar indicou a presença dos flavonoides rutina e quercetina, dois compostos conhecidos que apresentam importantes  efeitos farmacológicos além de um mistura complexa de taninos.

Wedelia paludosa D.C. (Compositae)

Planta ornamental usada em jardins e em residências, é conhecida popularmente pelos nomes de pseudo arnica, margaridão, vedélia, pingo de ouro, etc. Muitas vezes é usada como remédio para curar várias moléstias, como problemas respiratórios, inflamações e dores. Os estudos desenvolvidos em nossos laboratórios com esta planta indicaram que a mesma produz vários compostos de interesse medicinal. Os extratos brutos desta planta apresentam ações antibacterianas, analgésicas, antiespasmódica, anti-inflamatória e
Margaridão
hipoglicemiantes. Os princípios ativos foram identificados como sendo a luteolina, o ácido caurenóico e uma nova lactona denominada paludolactona. Um estudo comparativo envolvendo as diferente partes da planta (flores, caules, folhas e raízes) demonstrou que apenas o extrato das flores não foi efeitivo no combate a dor produzida pelo ácido acético em camundongos. A análise fitoquímica indicou que as raízes apresentam a maior concentração de terpenóides, enquanto as flores produzem diferentes flavonoides que não são encontrados nas outras partes. Um destes flovonóides foi identificado cmo a chalcona coreopsina.

Bibliografia: Revista Química Nova, 23 (5) (2000) – Estudos desenvolvidos na NIQFAR/UNIVALI – Valdir Cechinel Filho


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