Trianosperma
angustifólia, Cogn.
No estado do Pará conhecido pelo nome
popular de Tayoiá. Planta trepadeira de folhas vilosas de 3 a 5 lóbulos: frutos
ovoides, alongados de 15 mm de comprimento por 8 de espessura. Emprega-se
apenas a raiz da planta em cozimento, e tintura, nas afecções linfáticas. Popularmente usada como diurético, depurativo, usado nas hidropisias; reumatismo,
artritismo; escrófula; dispepsias; úlceras e manifestações sifilíticas.
Esta e outras espécies de
Trianosperma são plantas trepadeiras, monoicas, de rizoma perene, ou vivaz. A
planta seca depois de junho e julho e volta a rebentar depois de um curto
repouso vegetativo.
Cayaponia tayuya, Mart
Em todos os estados desde
7º a 30º de latitude Sul, denominada de Tayuya, corruptela do tupi Tay-Ubá: Tay
como pimenta, Uba fruto. O povo dá este nome a maior parte das espécies de
Trianosperma. Esta espécie também tem o nome de Tayuya de fruto encarnado
frequentemente ainda abobrinha do Mato. Nos Estados de Pernambuco e Paraíba
chamam de Cabeça de negro e Cabeça de moleque; por causa da parte superior do
rizoma, de cor castanha escura, fibrosa e do feitio de um tubérculo. Em Alagoas
chamam Tejuco por causa do cheiro nauseabundo da raiz fresca.
A planta tem folhas
grandes, fendidas, de 3 ou 5 lóbulos, do feitio de uma mão, guarnecida de pelos
eretos e suportados por longos pedúnculos. As flores são pequenas amarelo-esverdeadas.
O fruto é pequeno, como uma baga, ovoide, vermelho brilhante, de 15 mm de
comprimento por cinco de grosso.
Os
frutos frescos tem um sabor nauseabundo, amargo, levemente apimentado. A raiz
principal tuberosa, carnuda, amarelo castanho, semelhante à cenoura, de gosto
nauseabundo e cheiro desagradável, que
desaparece ao secar, é muito usada como medicamento. Aplica-se na sífilis
secundária com sucesso; associado ao sublimado é específico nos bubões ou bobas
sifilíticas, chamada bexigas da Guiné, que foram importadas pelos negros; além
disso nas escrofuloses e afecções linfáticas. O seu efeito é purgativo e em
doses grande, emético.
Emprega-se
10grs de raiz para 200grs de cozimento toma-se a dose de um cálice pela manhã e
outro a noite. Na hidropisia toma-se o cozimento de uma só vez como drástico.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora
Brasileira. Theodoro Peckolt.
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