Cayaponia tayuya
Em todos pos estado entre 7 e 30º de latitude Sul sob a
dominação de Tayuya, corruptela do tupi Tay-Ubá: Tay como pimenta, Ubá fruto. O
povo dá este nome a maior parte das espécies de Trianospermas. Esta espécie
também tem o nome de Tayuya de fruto encarnado, frequentemente ainda Abobrinha
do mato. Nos Estados de Pernambuco e Paraíba chama-lhe também Cabeça de Negro,
e Cabeça de Moleque; por causa da parte superior do rizoma de cor castanho
escura, fibroso e do feitio de um tubérculo. Em Alagoas chama-lhe Tejuco por
causa do cheiro nauseabundo da raiz fresca.
A planta tem folhas grandes, fendidas, de 3 ou 5 lóbulos,
do feitio de uma mão, guarnecida de pelos eretos e suportados por longos pedúnculos.
Ambos as flores são pequenas, amarelo esverdeada. O fruto é pequeno, como uma
baga, ovoide, vermelho brilhante, de
15mm de comprimento por 5 de grosso
Os frutos frescos tem um sabor nauseabundo, amargo,
levemente apimentado. A raiz principal tuberosa, carnuda, amarelo acastanhado,
semelhante a cenoura, de gosto nauseabundo e cheiro desagradável que desaparece
ao secar, é muito usada como medicamento. Nunca se aplica na sífilis primaria
apesar do que se encontra escrito em vários livros; mas sim na secundária com
sucesso, associado ao sublimado é específico nos bubões ou bobas sifilíticas,
chamada bexigas da Guiné, que foram importadas pelos negros; além disso nas escrofuloses, afecções linfáticas.
O seu efeito é purgativo e em doses grandes, emético. A tintura de partes
iguais de raízes frescas e aguardentes de cana , toma-se diariamente, 2 a 3
vezes, 10 gotas, aumentando uma gota cada segundo dia até chegar a 20 gotas. O
cozimento de 10 grs de raízes para 200 grs de cozimento toma-se na dose de 1 cálice
pela manhã e outro a noite. Na hidropsia toma-se o cozimento todo de uma só vez
como drástico.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora
Brasileira. Theodoro Peckolt
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