Conhecida em todos os Estados de 13º a 30º de latitude
sul por vários nomes populares, Tayuya e Tayuya grande, Tayuya de pimenta
comari; os frutos verdes são extraordinariamente parecidos com daqueles
Capsicum; nome mais vulgar Abobrinha do mato. Planta trepadeira de grande
extensão. Com folhas de longo pedúnculo, vilosas lobada, de 3, 5 e 7 fundos,
com o aspecto de uma mão (palmatilobadas). Flores masculinas e femininas formam,
em inflorescência andrógina, panícula multiflorais e ambas as flores são amarelo
esverdeado. Fruto redondo, vermelho carmesim de 8 mm de diâmetro com sementes
pequenas de cor castanho claro.
As raízes são grossas (semelhantes à cenoura) de muitos
metros de comprimento e da grossura de um dedo até a de um braço de criança. A
casca é castanho-claro exteriormente é amarelo-claro interiormente, e a medula
lenhosa-carnuda é amarelo, tornando-se imediatamente acastanhada ao ar; de
cheiro desagradável a podre que desaparece ao secar, gosto amargo nauseabundo. Para
secar a raiz cortam-se raspas e é desta forma que se encontra a venda.
De todas as espécies de Trianosperma que se designam com
o nome de Tayuya é esta a que é mais usada como medicamento.
Formulas
oficinais: O cozimento de 16 grs de raiz para 180grs de decocto é
usado na escrofulose, sífilis secundária. Na dose de uma colher de sopa 3 vezes
ao dia.
Como drástico um cálice cheio de ¼ em ¼ de hora. Nos
casos de hidropsia, ascites, torpor, tomam-se aos cálices, em 2 dias, um litro
de um cozimento que se faz cozendo 240grs de raiz em 2 litros de água até se
terem reduzido pela evaporação a 1 litro, e produz cerca de 20 dejecções; ou toma-se
pílulas que se fazem com extrato alcoólico, 0,5 a 0,15grs. O extrato aquoso na
dose de 0,1 a 0,5 por dose. Como alterante o pó da raiz na dose de 0,1 a 0,2
grs e como drástico 1 a 2 grs. O vinho de Tayuya faz-se macerando 50grs de pó
da raiz em 1 litro de vinho branco. Usa-se com 1% de iodeto de potássio no
reumatismo sifilítico, doenças da pele, etc, a cada refeição uma colher de
sopa. A tintura faz-se com partes iguais de raízes frescas e álcool. Usa-se
como tônico na dose de 3 a 6 gotas 3 vezes ao dia; como alterante 10 a 15
gotas, como drástico 10grs. Para bubões sifilíticos usa-se como a T. Tayuya e,
além disso, contra a doença trazida da África pelos negros chamam de “Maculo” e
conhecida entre o povo por “Bicho do cú” e nas Repúblicas espanholas por “El
Bicho”; doença que ataca a mucosa do anus, do reto e desintegrando-o provoca
uma inflamação em pouco tempo se tona gangrenosa. Toma-se de hora em hora uma
colher de sopa do cozimento para a hidropisia. Também se aplicam clisteres e
compressas com um cozimento mais fraco com água de Labarreque em partes iguais.
Bibliografia:
Revista da Flora Medicinal, 1936 – Plantas Medicinais e Úteis da Flora
Brasileira. Theodoro Peckolt.
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