sábado, 19 de dezembro de 2015

Castanha de Bugre

É vulgarmente denominada Castanha de bugre a Feuillea Passiflora de Veloso, a qual provavelmente por erro de imprensa, figura com o nome Fevillea. Também chamada pelo povo Jatobá, Castanha Mineira, Fruto amargoso, Nhandiroba, ou Cipotá.
É encontrada nos arredores do Rio de Janeiro, Minas, Espirito santo, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Trata-se de uma trepadeira, que a primeira vista , muito se assemelha ao maracujá grande. Passiflora alata, derivando-se dessa semelhança o nome científico, dado pelo botânico Manso.
Muitas vezes o caule atinge 8 cm de diâmetro. Os ramos trepadores tem 2 e mais centímetros de diâmetro, a superfície um tanto rugosa e são tecidos como as ramagens do maracujá. O fruto é grande; toma geralmente o matamnho de uma laranja; é oval arredondando e muito parecido com o chamado abacate do mato, fruto de uma Salacia, (Salacia brachypoda, Peyr) muito comum nas matas do Trapicheiro, Capital Federal.
As sementes de Jatobá são usadas no sertão contra moléstia do fígado e do estômago.
Os sertanejos empregam a infusão de uma semente contusa para 300grs de água, as chácaras de 2 em 2 horas, sobretudo para combater as dispepsias.
A emulsão de uma ou duas amêndoas contusas, com açúcar e água é aplicada, como purgativo, nas moléstias do fígado, principalmente nas hepatites.
As sementes são também utilizadas para combater as cólicas dos muares: 4 sementes contusas para uma dose.


Bibliografia: Revista da Flora Medicinal, 1936 e 1941 – As Cucurbitáceas Brasileiras. Gustavo e Theodoro Peckolt.

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