Davilla
rugosa Poirier, Ditleniacea sinomia vulgar: Cipó carijó,
Sambaibinha, Folha de lixa, Capa homem, Cipó de caboclo.
O nome de cipó caboclo vem certamente do emprego que os
nossos moradores do interior fazem de tal planta, bem como o de cipó de carijó,
por ter sido empregada pelos índios carijós que foram os descobridores de suas
virtudes e ensinaram aos portugueses o seu uso apanhar peixes, e iba, arvore,
seguidas do diminutivo.
Davilla rugosa Poirier |
O termo sambaibinha, ou como escreve Saint Hilaire
Cambaibinha, vem de caa mbaya, ramos ou cipós próprios para se tecerem nassas (armadilhas
ou cestas para apanhar peixes), e iba, arvore seguidas do diminutivo inha, para
distingui-la da árvore cognominada Cambaiba.
É planta muito comum em todos os estados do país
principalmente Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, Bahia, Pernambuco
até o Rio Amazonas. Fora do Brasil cresce também no Chile, Guianas e Suriname.
A parte geralmente empregada como medicamento é a folha.
Seca a folha é inodora e de sabor adstringente e um tanto amargo.
Esta planta possui ação analgésica local e vasoconstrictora;
dá excelente resultado no tratamento da orchite, da epidermite, das hemorroidas
e de outras flebites e varizes. Aconselha-se seu emprego sempre há estase sanguínea
com dores e inflamação. Dá resultado superior aos da beladona, hamamelis,
pomadas mercuriais.
É usada geralmente sob a forma de extrato aquoso mole,
associado a lanolina em pomada a 50% aplicada duas vezes ao dia.
Internamente é empregada sob a forma de extrato fluido ou
de pílulas feitas com 0,25grs. do extrato mole (1 de 2 em 2 horas)
Bibliografia: Revista da Flora Medicinal – Rodolfo Albino
Dias da Silva - 1925
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