quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Jaborandi

Espinheira Santa

Pilocarpus pinnatifolius, Lamaire cujas folhas encerrar dois alcaloides: a Pilocarpina e a Jaborina, dos quais o primeiro mais importante possui ação extraordinariamente diaforética, não achando rival em qualquer outra planta do velho mundo. Este vegetal é o único, cuja ação sudorífica se manifesta em curto espaço de tempo adquirindo o seu efeito máximo em 10 ou 15 minutos se dá o aparecimento das primeiras gotas de suor, que brota primeiramente ao rosto, ao peito e sucessivamente aos braços, tronco, etc.
Mantendo-se, porém, sempre no mesmo grau de atividade por espaço de meia hora e, sendo a sua ação secundada exuberantemente pelas secreções salivares e brônquicas. Portando-se pois, ao mesmo tempo como um poderoso diaforético  e enérgico sialagogo, não deixando com tudo de tornar-se um forte toxico, em dose elevada, para o qual porém já existe conhecido o seu antídoto no reino vegetal. Como esta planta, inúmeras outras gozam de ação enérgica e rápida, quiçá específica, pois que o nosso Jaborandi legitimo, o é das parotidites epidêmicas, infecções vulgarmente conhecida por “Cachumba”. A nossa afamada e muito conhecida Poaia, Uragoga ipecacunhanha ou Cephaelis ipecacunhanha, Rich cujas raízes encerram 1,45% de Emetina:0,52% de Cephaelina e 0,40% de Psychotrina, alcaloide estes que se acham combinados ao ácido ipecacunhico ao qual se deve sua ação emética (vomitiva), adstringente e anti-desinterico como específico da desistiria amebiana; ação, que aumenta o valor, quando a ipeca se acha “desmetinisada”, ou seja, separadoo ácido ipecacunhico da emetina
Alem destas inúmeras outras plantas poderíamos citar, cujas propriedades já conhecidas, de ação imediata e eficaz, se encontram no domínio da terapêutica oficial, mas , isto compreenderia um volume inteiro de matéria médica.
Outro que podemos citar é o Assacu e o Carpotroche, cuja ação na lepra e nas diversas moléstias de pele, constitui fator primordial no seu tratamento: a Quina cruzeiro Strychmos triplinervia, usada no beri-beri; a Gameleira e o Jaracatiá (Fícus doliaria, Mart) cujo princípio ativo a Dolearina, constitue o específico do amarelão; a Japecanga, a Caroba e a Sicopira.
Das plantas podemos esperar tudo, devido a infinidade e a diversidade de princípios ativos que elas encerram, e , assim como se conhece a ação rápida das quinas peruvianas sobre o hematozoário.
O Maytenus ilicifolia de Mart, planta exclusivamente brasileira, possa conter principio ativo de ação rápida e decisiva sobre diversas manifestações do câncer.

Bibliografia: Almanak Agrícola Brasileiro para 1923 . Dr. Gustavo Peckolt.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Flora Brasileira de Von Martius

Von Martius

O Brasil já estava elevado a Reino Unido quando o príncipe D.João VI encarregou o marques de Marialva, ministro de Portugal e do Brasil em Paris, de contratar em Viena o casamento do príncipe D. Pedro, seu filho, com a arquiduquesa da Áustria, Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I. Aproveitando esse grande acontecimento, quando o Congresso de Viena se reuniu para fazer o tratado do casamento, Frederico  Imperador teve a feliz ideia de enviar ao Brasil a comissão que teve a felicidade de perpetuar o fato do casamento e de abrir novos horizontes científicos para o país.
Varios foram os sábios encarregados de organizar a expedição, a qual se associaria ao rei da Baviera, Maximiliano José, agregou Martius e Spix.
Carlos Frederico Felippe Von Martius, naturalista e viajante bávaro, nasceu em Erlangen em 17 de abril de 1794. Graduou-se em medicina e na medicina escolheu a botânica para ramo de atividade.
A comissão científica desembarcou no Rio de Janeiro a 14 de julho de 1817, iniciando logo seus estudos. Martius trabalhava à custa do governo bávaro, tendo permanecido entre 1817 e 1820 em explorações botânicas pelo nosso país. Organizou enormes coleções de plantas, e apesar de ter absorvido muito de seu tempo com a botânica, pode estudar etnografia e a língua dos índios, deixando importantes trabalhos a esse respeito.
Voltando para a Europa, em 13 de junho de 1820, levava consigo um herbário que, junto a outro geral que possuía, produziu um conjunto de 60.000 espécies, representadas por 300.000 exemplares fora o das palmeiras, cujos tipos estão hoje no Museu de Munique e as duplicatas no Jardim Botânico de Bruxelas.
Mesmo depois de ter voltado a Europa Marius recebia muitas contribuições que daqui lhe mandavam o que sempre enriquecia seu herbário, de cujo estudo resultaram os seorus Genera species palmarum quas in itinere per Brasilia; Nova genera ET species plantarum: Specimen materiae medicae brasiliensis; Icones plantarum cryptogamicarum per Brasiliam colligit; Herbarium Florae Brasiliensis.
Com o precioso material que possuía concebeu Martius o plano da Flora Brasiliensis,  publicação extraordinária que lhe absorveu o resto da existência, e cujo primeiro fascículo saiu a lume em 1840, ainda em vida do sábio, vindo a obra a ser concluída 66 anos depois de seu início e 38 anos depois de sua morte. Martius ao falecer deixou publicado o fascículo nº46. A obra foi continuada por Eichler;

Bibliografia: Almanaque Agrícola Brasileiro 1921

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Construindo a Flora Fluminense

Prancha da Flora Fluminensis

Nas suas excursões científicas, Frei Velloso foi acompanhado por Frei Anastácio de Santa Inez, escrevente das definições herbáceas e por Frei Francisco Solano, o hábil pintor e desenhista das plantas que Velloso descobriu. São dele desenhos que acompanharam a Flora Fluminense e cujos originais ainda hoje se guardam no arquivo do Convento de Santo Antônio.
Esta obra gigante foi terminada por volta de 1790, e dedicada ao seu ilustre patrono, Luiz de Vasconcellos e Souza e Frei Mariano foi uma das pessoas a apresentar a obra na corte de Lisboa onde provocou a admiração de todos os professores de História natural. O título exato da obra, escrita em latim é: Flora Fluminenses Icones fundamentales ad vivum expressos jussu Illustrissimi AC praestantissimi Domini Aloysii Vasconcellos e Souza. Este título é fielmente copiado nos onze volumes de estampa da Flora Fluminense. Mas esta obra, apesar de ser elogiada e citada por todos os sábios, caiu quase completamente no esquecimento de seus contemporâneos, até que foi finalmente encontrada na Biblioteca Pública da corte e desenterrada do pó em 1825 pelo então bibliotecário Fr. Antônio de Arrabia, mais tarde bispo de Anemuria. D. Pedro I, vivamente interessado pelo progresso da ciência, ordenou que se enviassem os respectivos desenhos a Paris, afim de serem ali litografados pelos mais hábeis artistas. Assim é que possuímos hoje esta obra monumental, que se compõe de onze volumes em folhas grandes contendo cerca de 1.700 estampas.
Simultaneamente com a publicação das estampas efetuou-se á ordem do imperador a impressão do texto da Flora Fluminense na Typografia Nacion AL no Rio de Janeiro, debaixo de correção de Frei Antônio de Arrabida e do Dr. João da Silveira Caldeira, então diretor do Museu Nacional infelizmente este trabalho ficou incompleto. O primeiro volume que se principiou a imprimir, mas que não foi acabado tem o seguinte título: Flora Fluminensis, seu descriptionum plantarum efectura Fluminensi. O seguimento desta obra só foi impresso em 1881 no V volume dos arquivos do Museu Nacional pelo esforço de Ladislau Netto, então diretor daquele instituto.
Von Martius  elogiou francamente a obra, que também para o leigo em assuntos científicos é uma leitura bem interessante. Segundo atesta Saldanha da Gama, Velloso criou 66 gêneros e classificou umas 400 espécies de plantas pertencentes à Flora Brasileira, muitas das quais ainda hoje figuram nos registros sistêmicos com o nome que Velloso lhes deu. Assim a obra depois de totalmente impressa ficou com 40 volumes da célebre Flora Fluminensis.

Bibliografia: Alamanaque Agricola Brasileiro – 1927- Frei Thomás Borgmeier, O.F.M.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Frei José Mariano da Conceição Velloso


Entre os naturalistas brasileiros que se empenharam no estudo da nossa flora, o insigne franciscano Frei José Mariano da Conceição Velloso ocupa o lugar de destaque por suas valiosas contribuições a fitologia brasileira.
Foi um sábio de valor que, no silêncio de seu claustro se dedicava ao estudo do mundo orgânico ávido por arrancar á fecunda natureza os segredos que ela oculta dentro das nossas florestas.
Nasceu Velloso Xavier, como se chamava no século frei Mariano, em 1742 na então província de Minas Gerais e foi batizado na freguesia de Santo Antonio da vila de São Jose comarca de Rio das Mortes, bispado de Mariana. Quando começou com seis anos de idade a estudar os rudimentos das primeiras letras, era de ver o afinco com que o jovem José Mariano estreou na carreira literária. Já bem cedo manisfestou uma grande inclinação ao estudo das ciências naturais, e principalmente uma forte predileção pela botânica. Mais do que os clássicos gostava ele dos livros que falavam da natureza, fazendo muitas vezes com seus companheiros excursões botânicas entrando nos bosques a procura de flores, afim de pesquisar-lhes os nomes anotar-lhes a diferença morfológica. Apesar de nunca ter tido mestre, ele conseguiu em pouco aprender as principais plantas no lugar onde nasceu.
Foi em 1760, mais ou menos, que lhe madrugou o sentimento religioso e irresistível atrativo o chamou a vida de padre. Seus pais ficaram felizes em notar-lhe a vocação para a vida sacerdotal, pois naquela época, a maior honra a que podia aspirar qualquer família, era a de contar entre seus membros alguns frades ou padres. Assim, Velloso quando terminou seu curso de latim  abraçou a vida sacerdotal, na época contava com 19 anos de idade, em 11 de abril de 1761, tomando o hábito de São Francisco no Convento de S. Boaventura na vila de Macacú. Um ano mais tarde depositou no altar o voto solene de abandono do mundo social e as ambições humanas.
Veio então cursar as aulas de filosofia no Convento de S. Antônio do Rio de Janeiro. O amor ao estudo crescia com entusiasmo de subir os grãos da hierarquia. Recebeu ordens menores de Frei Antônio do Desterro. Foi eleito pregador na congregação em 28 de julho de 1768. Em 1771 passou do Rio para São Paulo onde foi instituído confessor dos seculares e repetidor de geometria, cargo esse que exerceu até 3 de maio de 1779, época em que foi nomeado lente de retórica do Convento de São Paulo. Foi neste cargo que começou a subir a serra de Paranapiacaba e descer os mais profundos vales em busca de plantas para seu trabalho. Visitou Paraty e as ilhas do Rio Paraíba do Sul. Nesta ocasião foi acometido por uma oftalmia que por oito meses o ameaçou de ficar sem uma das vistas. No entanto, conseguiu reunir suas investigações, num trabalho fitológico de imenso alcance científico que chamou de Flora Fluminese.
Bibliografia: Almanaque Agrícola Brasileiro 1927. Frei Thomaz Borgmeir, O.F.M.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Guaraem é árvore medicinal brasileira.

Árvore de Guaraem

Guaraem é a Pradosia lactescens, Rachl é a casca doce ou ibiraés ou, ainda a Ymyraeem dos selvagens, que foi transformado em Buraem ou Guaraem pelos civilizados. Diz-se que é uma planta muito lactescente, o que não é verdade; de sua entrecasca, quando ferida, exsuda um ligeiro suco glutinoso, levemente lactescente e que se coagula rapidamente mesmo dentro do golpe.
Os seus frutos são muito parecidos com os que vulgarmente se chamam Bacupari miúdo. É uma planta bastante comum dos arredores da Capital Federal, no alto das matas e geralmente numa altitude de 300metros mais ou menos. Encontra-se também nos Estados do Rio de Janeiro, Minas, Espirito Santo e São Paulo.
As árvores de Garaem que tempos encontrado nas nossas florestas são geralmente de 25 metros de altura sobre 25 a 30 centímetros de diâmetro, de ramos tortuosos, de casca de cor ferruginosa, coberta de maculas de um amarelo ocre, deixando desprender pequenas manchas da epiderme, como se dá com o caule a cicatriz em forma de maculas amareladas, que vai depois escurecendo até tomar a cor natural da casca.
Esta casca é lisa e macia e acha-se intimamente ligada à entrecasca, que é dura, de cor branca, levemente arroxeada e de sabor doce, agradável de alcaçuz, e logo depois levemente áspera, quando fresca.
As folhas são opostas, ovais, arredondadas, de 5 a 7cm de comprimento sobre 3cm de largura, com o pecíolo de 132-18cm de diâmetro; são lisas, verde escuras, lustrosas como se fossem envernizadas, variando de dimensões no mesmo ramo, de modo a encontrarem-se muitas vezes folhas de 5 cm comprimento ao lado de outra de 7 cm.
Na terapêutica empregam-se as cascas da árvore, as quais, quando secas, são duras como couro e de cor pardacento escura.
São usads como tônico, anti-disentérico, adstringente, anti-catarral e anti-hemorroidal.
O extrato aquoso dessas cascas é muito conhecido também em formulários estrangeiros com o nome de Monesia, aliás, também dado à casca, e considerado um dos melhores remédios para curar as disenterias e os catarros crônicos, sendo a sua ação pronta e rápida.
É planta oficinal na farmacopeia de alguns países.
Hoje está árvore é uma frutífera de Mata Atlântica raramente encontrada.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal  autor Gustavo Peckolt

sábado, 17 de novembro de 2012

As árvores medicinais, Anda Assú e Pao Pereira


Anda Assú
Johannesia princeps, Vellozo

É o que vulgarmente é chamado de Fruto de cotia e que cresce nas matas dos arredores do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas, São Paulo, Pará e Bahia.
Esta árvore é mais comumente encontrada nas proximidades das costas. Não é grande árvore; alcança geralmente 10-15m de altura. Tem a casca lisa, acinzentada ou esverdeada; a entrecasca é branca e contém um suco aquoso ligeiramente lactescente e transparente.
Anda Assú
As folhas são alternadas, com um longo pecíolo e acham-se divididas em 5 folíolos parciais, curtamente peciolados, ovais acuminados , de face superior verde luzidia e de face inferior de um verde mais claro.
A inflorescência acha-se na extremidade dos ramos, em panículas de pequenas flores esbranquiçadaS e levemente aromática.
 O fruto é do tamanho de uma pequena laranja, com o envoltório externo carnoso, rugoso, verde escuro e cheio de depressões, abrindo-se em 3 partes e com o endocarpo lenhoso, encerrado e sementes ovais brancas.
O principal emprego desta planta é feito das sementes ou do óleo gorduroso extraído delas, que é usado em substituição ao óleo de rícino, como purgativo brando e agradável; em doses menores é de maiores vantagens do que aquele.

Pao Pereira. All.
Geissospermum vellozil, Fr All

É uma árvore mais comum e conhecida no Brasil, encontrando-se em todos os herbanários as cascas do Pao pereira, como é ele conhecido pelos selvícolas, palavra de que se derivou a denominação atual e que significa “casca preciosa”.
Nos arredores do Rio de Janeiro, não se encontra mata alguma, no alto da serras, que deixe de possuir o Pao pereira. E também encontrado com abundancia nos estados de Minas, São Paulo, Bahia, Espirito Santo.
O Pao pereira ou Pereiroá, não é uma árvore elegante quando bem desenvolvida, mas quando novo, é de bonito aspecto, ereto, de casca pardacendo amarelada, de superfície farinácea. A entrecasca, amarelo-acre, desfaz-se em largas fibras papiráceas e tem sabor muito amargo, desagradável.
Os ramos acham-se sempre dispostos na parte superior, eretos e destacados, com as folhas alternas, ovais, lanceoladas e destacadas nos ramos, por causa da direção horizontal destes; são essas folhas coloridas de um belo verde-escuro, muito lustrosas, lisas e levemente onduladas.
A inflorescência acha-se em racimos extra-axilares, menores que as folhas e com as flores pequenas, coloridas de pardo.
Os frutos tornam-se notáveis, pela disposição divergente que tomam uns em relação aos outros, em sentido horizontal; quando maduros, são carnosos e da cor amarelo clara.
A entrecasca de Pao pereira é considerada como um dos melhores tônicos e antifebrifugos da flora brasileira.
É empregada para os mesmos fins que as cascas da Quina Peruviana.

Bibliografia: Revista da Flora Medicinal –Gustavo Peckolt

sábado, 10 de novembro de 2012

As principais árvores medicinais do Brasil


Sicopira
Bowdichia virgiloides, H.B.K.

O nome por que é vulgarmente conhecida esta planta Sicopira, é uma corrupção de Sepo-pira, palavra indígena, que significa pro seus elementos (sepo=raiz, pira=peixe), raiz para o peixe.
Cresce esta planta no Estado do Rio de Janeiro, Minas, Espírito Santo, Para, Mato Grosso, Amazonas e Goiás.
É uam árvore de 15-24m de altura, sobre 4 a 5 metros de circunferência, com a madeira de cor parda com pontos esbranquiçados e de peso específico igual a 1,092
Tem os ramos e os folíolos completamente lisos; o fruto é uma pequena vagem, conhecida pelo nome de faveiro e a semente é chamada fava de Sicopira.
Emprega-se na terapêutica a entrecasca da árvore e as cascas das raízes, consideradas como tônico e depurativo enérgico as moléstias da pele, impurezas do sangue, ulceras, reumatismo e sífilis. As sementes curam as dores reumáticas, em cocção em óleo e usadas em amuletos.

Óleo vermelho
Toluifera peruifera
Myrospermum myroxylon, Freire Alemão.

Casca óelo vermelho
O óleo vermelho, também chamado Árvore do bálsamo, é tido por uma das primeiras árvores das nossas florestas, por causa da importância, beleza e aroma de seu cerne, que é vermelho cor de tijolo e resinos
É encontrado nas nossas matas virgens, no alto da serra, ostentando um porte magestoso.
É abundante na Mata Atlântica.
O tronco, que atinge em geral de 20-30 metros de altura, pode alcançar a 6 metros de diâmetro.
A casca, camada tuberosa é grossa, regularmente gretada, de cor pardo-avermelhada, destacando-se com facilidade e deixando a descoberto forma uma casca de superfície granitosa, de cor amarelada ou esverdeada e, abaixo desta, o líber branco fibroso, papiráceo, contendo bastante resina.
Esta entrecasca, epla dissecação, deixa desprender aroma agradável de cumarina, um tanto balsâmico
O cerne é formado por um tecido compacto, de bela cor vermelha-clara e tijolo, de aroma fraco e balsâmico, quando seco. As folhas são compostas, tendo algumas vezes os folíolos alternos. O pecíolo comum é de 10-12 cm de comprimento, com os folíolos ovais-oblongos, agudos e em numero variável para cada folha. Todas as partes da planta são consideradas medicinais, a casca a entrecasca, a madeira e as folhas.
Da árvore obtem-se, por incisões, uma resina seca e um suco, óleo resinoso, chamado balsamo de óleo vermelho, balsamo ou balsamo peruviano.
A resina seca possui propriedades estimulante  anticatarrais e expectorante. O óleo resinoso, além de possuir estas mesmas propriedades, é usado externamente, nas moléstias de pele e nas úlceras crônicas.

 Bibliografia: Revista da Flora Medicinal.Gustavo Peckolt