quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O que são os Ipês?

Ipês são diversas espécies de Bignoniáceas, do gênero Tecoma, comumente denominadas Ipês, por ex: Tecoma Umbelatta, Mart; Tecoma Imperdiginosa, Mart; Tecoma Pedicellata, Burn e Schm, que por causa da cor de sua madeira ou também de suas flores, devem ser
IPÊ BRANCO- FLORIDO
mencionadas. As árvores de porte médio ou grande, de casca rugosa, folhas digitadas, escuras em baixo e clara na face oposta, com inflorescência em panículos ou umbelas, axilares e terminais, as flores grandes e belas, frutos em forma de capsulas sptifragas com sementes lateralmente comprimidas, arredondadas, aladas, sem endosperma.
Fornecem a matéria médica da casca, de preferência a camada liberiana ou entre casca, cujo cozimento é empregado como adstringente, em gargarejos em casos de estomatites ou feridas da garganta, principalmente nas úlceras de fundo sifilítico. As virtudes terapêuticas residem no óleo essencial (0,25 a 0,4%) que se pode extrair da casca e que tem um peso específico (15º) de 0,8892. Um cheiro de linalool, e cor levemente amarelada, sendo solúvel em dois volumes de álcool a 70%.
Cuidados no uso de infusões, alcoolaturas e pós
Principalmente Ipê branco e Ipê amarelo: “O preparo da droga deve ser feito unicamente por meio de água, pois outros veículos mesmo o álcool em fraca concentração põem em liberdade componentes de elevada toxidez contidos na entre-casca; suspeita-se a existência de diversos alcaloides”. Dr. Frederico W. Freise
Devido ao fato de a casca (mais ainda a madeira) do Pau Amarelo conter resinas diversas e porcentagens variáveis de ácido lapachonico (C15 H14 O3), o pó obtido para cozimento é ofensivo a pele e a garganta, produzido naquela pústulas, intumescências e fenômenos de queimadura; nesta escoriações epiteliais e feridas sanguíneas. Por causa disto, a alcoolatura da droga deve ser evitada, pois, possue incorporada grande parte destas matérias.
O uso interno de infusões mais forte que 1 parte de casca para 10 partes de água é  seguido de dejeções dolorosas acompanhadas de sangue e detritos da mucosa intestinal. “A análise de Freise revela grande quantidade de Ácido Crisofânico que talvez seja responsável por este efeito que impõem cautela ao administrar a droga”.

Bibliografia: Revista Brasileira de Farmácia – Maio/junho-1967 - Lauro P. Cavalcanti- Farmacêutico do Hospital Getúlio Vargas no Rio de Janeiro.

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