Ipês são
diversas espécies de Bignoniáceas, do gênero Tecoma, comumente denominadas
Ipês, por ex: Tecoma Umbelatta, Mart; Tecoma Imperdiginosa, Mart; Tecoma
Pedicellata, Burn e Schm, que por causa da cor de sua madeira ou também de suas
flores, devem ser
mencionadas. As árvores de porte médio ou grande, de casca
rugosa, folhas digitadas, escuras em baixo e clara na face oposta, com
inflorescência em panículos ou umbelas, axilares e terminais, as flores grandes
e belas, frutos em forma de capsulas sptifragas com sementes lateralmente
comprimidas, arredondadas, aladas, sem endosperma.
IPÊ BRANCO- FLORIDO |
Fornecem a
matéria médica da casca, de preferência a camada liberiana ou entre casca, cujo
cozimento é empregado como adstringente, em gargarejos em casos de estomatites
ou feridas da garganta, principalmente nas úlceras de fundo sifilítico. As
virtudes terapêuticas residem no óleo essencial (0,25 a 0,4%) que se pode
extrair da casca e que tem um peso específico (15º) de 0,8892. Um cheiro de
linalool, e cor levemente amarelada, sendo solúvel em dois volumes de álcool a
70%.
Cuidados no uso de infusões,
alcoolaturas e pós
Principalmente
Ipê branco e Ipê amarelo: “O preparo da droga deve ser feito unicamente por
meio de água, pois outros veículos mesmo o álcool em fraca concentração põem em
liberdade componentes de elevada toxidez contidos na entre-casca; suspeita-se a
existência de diversos alcaloides”. Dr. Frederico W. Freise
Devido ao
fato de a casca (mais ainda a madeira) do Pau Amarelo conter resinas diversas e
porcentagens variáveis de ácido lapachonico (C15 H14 O3), o pó obtido para
cozimento é ofensivo a pele e a garganta, produzido naquela pústulas,
intumescências e fenômenos de queimadura; nesta escoriações epiteliais e
feridas sanguíneas. Por causa disto, a alcoolatura da droga deve ser evitada,
pois, possue incorporada grande parte destas matérias.
O uso interno
de infusões mais forte que 1 parte de casca para 10 partes de água é seguido de dejeções dolorosas acompanhadas de
sangue e detritos da mucosa intestinal. “A análise de Freise revela grande
quantidade de Ácido Crisofânico que talvez seja responsável por este efeito que
impõem cautela ao administrar a droga”.
Bibliografia:
Revista Brasileira de Farmácia – Maio/junho-1967 - Lauro P. Cavalcanti- Farmacêutico
do Hospital Getúlio Vargas no Rio de Janeiro.
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