quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Toxicidade e atividade anti-inflamatória da Tabebuia Avellanedae

Sob a denominação vulgar de “Ipê” são conhecidas algumas variedades de plantas, todas pertencentes ao gênero Tabebuia ou Tecoma, da família Bignoniaceae.
Tabebuia avellanedae
Tido como dotadas de virtudes terapêuticas, os “ipês” são indiscriminadamente utilizados, sob as formas farmacêuticas mais diversas, tais como decocto, infuso, tintura e principalmente como preparados de aplicação local.
Freise, em 1933, em artigo sobre Plantas Medicinais Brasilieras, fez descrição de diversas espécies do gênero Tecoma, referindo sobre as inúmeras aplicações de infusos de suas cascas.
A atividade antimicrobiana foi verificada por Lima e col (1956, 1962), após estudo realizado com lenho de Tabebuia avellanedae.Seus princípios ativos foram logo identificados como lapachois, derivados de naftoquinonas, que também exibem discreta atividade anticoagulante, segundo pesquisas mais recentes.
Desde que o assunto foi colocado em foco a alguns anos, por Valter Accorsi, Professor de Botânica da “escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz”, de Piracicaba, S.P. despertou o interesse pela pesquisa. Seminários e palestras foram realizados por vários grupos de especialistas e o estado de São Paulo, através de sua Secretaria de Saúde, chegou a nomear uma comissão, para o estudo do assunto.
A tarefa, entretanto, é extremamente árdua, diante de sérios problemas relacionados à determinação exata das espécies e isolamento de seus princípios ativos.
O princípio ativo responsável pela atividade anti-inflamatória não foi esclarecido, O seu estudo é relativamente difícil diante da complexidade de sua composição química.
Após ensaios fotoquímicos realizados com a casca de Tabebuia avellanedae, ao Lado de outras variedades do mesmo gênero, relataram a presença de inúmeras substâncias, e entre as quais, as sapogeninas, provavelmente, do tipo esteroide. Esta informação motivou a execução do presente trabalho.
Conclusões: O extrato bruto de saponinas de Tabebuia avellanedae, injetado por via entra-parenteral, apresenta baixa toxicidade;
O extrato de sapogeninas da mesma origem, em suspensão aquosa, possui atividade anti-inflamatória;
O extrato de sapogeninas não exerce nenhuma atividade específica sobre os intestinos isolados de ratos e cobaios;
Nas doses de 0,5mg e 2,5mg, o extrato de sapogeninas não apresenta ação analgésica.


Bibliografia: Revista da fac de farmácia e bioquímica Vol7/ 1969 – Seizi Oga , Instrutor da Faculdade de Bioquímica da USP – Tomhiko Sekino – Estagiária da faculdade de Bioquímica da USP.

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